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Honda reduz produção de motos em 18% para evitar demissões

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A crise econômica que afeta o Brasil chegou também ao polo de duas rodas. Na Zona Franca de Manaus, onde houve 14% mais demissões no 1º semestre do que no mesmo período de 2014, a Honda produziu 18% menos motos de janeiro a junho, na comparação com 1 ano atrás. A marca é a maior fabricante desse tipo de veículo no Brasil, detentora de 80% do mercado.

img_8662Saem da linha cerca de 5 mil motos por dia contra mais de 7 mil na época “pré-crise”. “Hoje sai uma moto em torno de 20 a 22 segundos no final da linha de montagem. Em alta produção, esse tempo chega a 18 segundos. Essa é uma medida para a gente controlar a produção e, até por isso, conseguimos manter uma mão de obra ociosa”, explicou o o gerente de relações institucionais da Moto Honda, Mário Okubo.
A montadora diz enfrentar o momento investindo na renovação da motocicleta mais vendida, a CG 150, que agora se chama CG 160, e do modelo mais popular, a Pop. “Esses modelos sempre foram nossos carros-chefe. As mudanças são mais em função do mercado, da necessidade dos consumidores, do que eles querem. Esses modelos são nossas maiores vendas, correspondem a cerca de 500 mil unidades por ano”, disse Okubo. Em 2014, CG 150 e Pop venderam cerca de 450 mil unidades.
Segundo o gerente, esses modelos são voltados às classes C e D e as melhorias foram feitas para atender aos diversos meios para quais são utilizadas.
“Infelizmente, a queda de produção está acontecendo esse ano, e estamos vendo se conseguimos manter os empregos no segundo semestre. Vamos torcer para que esses modelos decolem e que venham, pelo menos, manter o (nível de vendas) que foi ano passado”, afirmou.

As motos também ficaram mais caras. Para o Amazonas, a Pop 110i tem preço sugerido de R$ 5.900. Para a nova CG 160, que substitui a antiga CG 150, o preço médio no estado é de R$ 7.990, para a CG 160 Fan, e R$ 9.990, para a top de linha CG 160 Titan. Os valores não incluem frete e seguro.
Mão de obra ociosa
Para o diretor administrativo financeiro da empresa, João Mezori, o investimento nos produtos mesmo em época de instabilidade econômica é o diferencial da fábrica.

img_8622“Estamos lançando novos produtos, estilizando e mantendo investimentos, apesar dos riscos e das ameaças de redução dos benefícios do Polo Industrial de Manaus. A Honda continua investindo. Neste ano, são mais de R$ 300 milhões de investimentos”, destacou. “A empresa tem esse DNA de não desistir, de continuar investindo e lançar produtos.”
Mezori comentou ainda que a montadora lida com a desvalorização do real frente ao dólar: “O dólar nos afetou e nós não podemos repassar esse aumento do dólar para nossos clientes”.
De acordo com Okubo, a multinacional procura meios de continuar com todos os funcionários. Atualmente, a empresa negocia com o sindicato para fechar o dissídio deste ano.
“Apesar de estarmos com mão de obra ociosa, nós não temos o conceito de mandar embora. Para se ter um ideia, em 2011 nós tínhamos praticamente 11 mil empregados diretos e hoje estamos com cerca de 8 mil. Porém, se o mercado melhorar, nós contratamos um ex-funcionário para nosso quadro novamente”, afirnou o gerente.

Recuperação do setor
Okubo disse acreditar que o polo de duas rodas deve se manter estável em 2016 até que comece a se recuperar em 2017.
Investimentos de linhas de crédito do governo podem ser essenciais para a melhoria do setor, segundo o gerente. “A gente espera que o governo faça a liberação de crédito para o polo de duas rodas, assim como alguns bancos estão liberando para os veículos de quatro rodas. Tomara que uma fatia dessas linhas de crédito sobre para as duas rodas, isso acaba ajudando muito”, finaliza.

Fonte: G1 AM
Texto: Suelen Gonçalves
Foto: Divulgação

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