Home » Confraria das Mulheres Motociclistas » ESTRELA SOLITÁRIA PERCORRE 5.526 KM NAS ESTRADAS DO BRASIL – Parte 1

ESTRELA SOLITÁRIA PERCORRE 5.526 KM NAS ESTRADAS DO BRASIL – Parte 1

580489_4468762522790_595183419_n

I PARTE

ESTRELA SOLITÁRIA PERCORRE 5.526 KM NAS ESTRADAS DO BRASIL

Conhecida como Amazonas de Aço do Pantanal, Rosana Costa, uma paulista de nascimento, mas com o coração Sul Mato Grossense, com determinação, coragem e muita fé, percorrendo as estradas desse Brasil, conhecendo amigo, fazendo amizades e descobrindo lugares maravilhosos, conforme relato emocionante narrado.

“Quando resolvi viajar mais uma vez, tinha em mente realizar uma viagem cheia de emoções e aventuras. Como sempre viajando só, ou melhor com Deus, gostaria de associar um lugar maravilhoso com o prazer por duas rodas. Já em férias de um serviço nada fácil, pois ser Psicóloga no sistema prisional, tendo uma rotina bem tensa e estressante, com relatos de mulheres encarceradas e histórias de muitos sofrimentos, vi a necessidade de recarregar a bateria e para isso estar a bordo na minha Branca de Neve, ou também Garça Pantaneira, nome carinhoso, no qual apelidei minha moto Suzuki, modelo Hayabusa, 1340 cc, potente e muito estilosa, pois onde chega chama muito a atenção, talvez pelo tamanho, ou pela beleza mesmo, sem contar das pessoas estranharem verem uma mulher pilotando e estando só nela e muitos assustarem.

Resolvi ir pela terceira vez no encontro em Laguna/SC, lugar de praia, gente bonita e também por que lá aconteceria o 1 encontro Nacional da C.M.M. (Confraria das Mulheres Motociclistas).

Sai de viagem no dia 04/12, uma terça-feira, rodei 600km, passei por Nova Andradina, Usina Porto Primavera, entrando pelo norte do PR, Nova Londrina, Paranavaí e chegando em Maringá/PR na casa da amiga Claudia Guapo, também motociclista, uma piloto que corre em pistas.

No dia 05/12, quarta-feira, sai pela manhã com destino a São José dos Pinhais/PR, uma cidade ao lado e Curitiba, rodando mais 459 km, passando pela serra do cadeado, cheia de muitas curvas e um lindo visual e ali já sentindo algo diferente com o freio dianteiro da minha moto, o qual desencadeei o hábito de apertar várias vezes para assegurar o freio. Ao chegar na residência do casal de amigos Janet e Miro Domakoski, (M.C. Spartans) fui recebida com muita alegria, e a noite muita festa, com mais amigos motociclistas e de outros moto clubes,(Cyganus, Medusas) inclusive com alguns do nordeste que estavam viajando pelo Sul e não acreditaram que uma mulher saiu do Pantanal numa Hayabusa e estava viajando só. Lá encontrei meu amigo do face, vindo de MG, Daw do Formiga M.C. com sua V-Strom e descemos juntos para Laguna na quinta, dia 06. Gostei pois pude registrar a estrada com muitas fotos minha em movimento com a moto e também pela interação com outro amigo motociclista, curtindo os trechos e a beleza dos lugares onde passamos, apesar do fluxo intenso na Br 101, não tinha como não observar as praias que passavam e pensava, como nosso Brasil é lindo e percorrendo em duas rodas, fica mais lindo ainda, pois como diz a frase, viajar de carro você curte, mas de moto vc aprecia cada km rodado. ..

428231_4475097601163_1927910633_nChegando em Laguna com muito sol, aquele mar maravilhoso, lindo, azul, areia branca, lindo cenário, já fui direto para o evento e já registraram minha chegada, mesmo com roupas de motociclistas e sentada num bar no evento, que ficava a beira mar, eu e meu amigo mineiro, fomos tomar uma gelada para comemorar nossa chegada e mais um pouco conheci a Confrade Márcia leoa com mais amigas, ai foram muitos brindes…kkk. Como sempre o primeiro dia é o melhor do evento, menos pessoas, mais adrenalina, menos bagunça e mais fácil para encontrar amigos, pois depois lotou de uma forma que não tinha nem condição de andar lá dentro.

Aconteceram no evento o concurso garota Laguna e o Mister Laguna, homem mais lindo do evento e eu, junto com algumas mulheres da CMM, fui convidada a ser jurada, adorei. kkkk

Na sexta, levei minha moto para verificar o freio dianteiro no mecânico do evento, e após ele ter sangrado, trocado o fluído, disse q era o reparo e que não tinha a peça para repor, confesso que fiquei chateada, pois não sabia se retornasse para Florianópolis, ou tocava para Porto Alegre, mas colocando a vida em risco com a moto totalmente sem freio? Tinha me programado para ir na Serra do Rio do Rastro com os amigos mineiro e o Néder de Brasilia, fiquei muito frustrada por realmente não ter condição de ir. Fiquei pensando e agora, o que fazer? Foi quando no sábado a noite, triste e cabisbaixa, com as mãos nos rosto, sentei só e pedi a Deus uma solução, foi quando nesse momento um casal se aproximou e perguntou-me se não era a Rosana Costa? Confirmei e eles muito amáveis se apresentaram como amigos do facebook e indagando minha postura de tristeza e ao relatar o fato e preocupação com minha moto, me levou a um lugar q indicou um mecânico com o nome de Gilmar, que é motociclista e estava no evento, isso era quase meia noite, porém ele não estava com as chaves da oficina que fica na cidade de Tubarão, ao lado de Laguna e ele tinha que buscar em outra cidade, para daí vir buscar minha moto em Laguna e levá-la para ver se conseguiria arrumá-la. Eu pedi a ele esse favor e talvez ele
481626_4280083805940_1769501712_nvendo meu desespero e vontade de seguir viagem com o pessoal, foi muito solidário. As 2h da manhã ele foi buscar minha moto no hotel e as 7h entregou. Sem contar que nunca tinha visto ele na vida e confiei em entregar as chaves e documentos, já que ele tinha que levar a moto para consertar em outra cidade, em Tubarão, ao lado de Laguna e estava cheia de blitz, não tinha outro jeito. Mas senti que meu coração deu aval. Confiei, sou assim, coisas de psicóloga, ter percepção e sensibilidade. Ele trabalhou na minha moto a madrugada toda e não era o reparo e sim o disco empenado. Nunca imaginei isso, um profissional e pessoa tão humana, o que o outro mecânico não se dedicou, esse fez e muito, talvez o fato dele ser integrante de moto clube, reconheceu e valorizou um motociclista que estivesse em apuros, mas jamais vou esquecer e merece que cite a Daytona Motos em Tubarão/SC, como a oficina e o Gilmar, o cara…kkkkk

Como tinha conhecido 3 mulheres motociclistas de Caxias do Sul, e elas tinham me convidado para conhecer lá e já ciente que íamos passar por Torres e a rota do Sol, decidi ir junto e como não havia dormido aguardando minha moto, as 8h já estava pronta e seguimos viagem. Paramos para registrar a placa da divisa de SC e RS, como tenho uma foto na placa em RN, juntei as duas e sempre falei, vou do RN ao RS, na minha tocado e sempre chego….kkkkk.

Resolvemos tirar o domingo para conhecer as praias e alguns pontos turísticos em Torres/RS.

Por Rosana Costa

Continue lendo: Parte 2

Confira

Ser garupa de uma moto

“Ser garupa de uma moto requer sintonia e confiança. É como a sensação de estar ...