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Entrevista com Sabrina Paiuta, jovem já acumula inúmeros títulos no motociclismo.

Sabrina Paiuta

Da ginástica olímpica para a motovelocidade, a paulistana Sabrina Paiuta deixou a paixão por motos falar mais alto. Hoje, ela é a prova de que o mundo sobre duas rodas não é mais exclusividade do universo masculino. Com apenas 18 anos a jovem, que começou a correr com 7 anos de idade, já é considerada uma veterana em competições de motocicleta. Em conversa com o Portal UTIAMA.COM conta como tudo começou…

Utiama.com – Com quantos anos começou a participar de competições e qual situação incentivou essa sua paixão pelo esporte?

Sabrina Paiuta – Comecei aos meus 7 anos de idade no motocross e a partir do meu primeiro contato com uma motocicleta participei de inúmeros campeonatos de motocross até 2008. Segui no supermoto e em 2012 na motovelocidade. Sempre gostei de motos e na época meu pai, Eduardo Paiuta treinava pilotos, foi assim que cada vez mais me apaixonei pelo esporte e segui como carreira.

Utiama.com – Você já deve ter ouvido o famoso clichê “que esse esporte é para homens”. Desde o começo sua família te incentivou ou houve alguma resistência?

Sabrina Paiuta – Sim, realmente essa é uma frase comum, mas que consiste no passado. Hoje a realidade é diferente, muitos acreditavam que no Brasil nunca teríamos uma presidente e temos como exemplo a Dilma Rousseff, que mudou essa ideia. Estamos conquistando nosso espaço e cada vez mais as diferenças entre homens e mulheres dentro da sociedade está mudando para melhor.
Meu pai sempre me incentivou, e até hoje ele é meu treinador e preparador nas pistas, isso ajuda muito a seguir em frente e a superar obstáculos. Já minha mãe não gostava do esporte, preferia que eu continuasse com a ginástica olímpica, porque como toda mãe que quer proteger o filho, ela tinha muito medo de acidente. Assim como muitas pessoas, ela também acreditava que o índice de acidente em competições é igual na rua, mas esse pensamento é totalmente equivocado, pois nas pistas temos os melhores equipamentos de proteção como: macacão, bota, luva e capacete, inclusive quando caímos é muito difícil acontecer algo grave. Portanto, quando ela passou a conhecer mais o esporte, passou a aceitar e hoje incentiva e apoia.

Utiama.com – Como é o seu preparo físico para antes, durante e depois dos campeonatos?

Sabrina Paiuta – Preparo físico é extremamente importante e essencial para obter bons resultados e dar segurança na pilotagem. Hoje faço um treinamento específico para pilotos de motovelocidade com a equipe Speed Riders, pois nós pilotos somos atletas e precisamos de um acompanhamento diferenciado e focado em nosso objetivo. Existem várias técnicas para uma boa concentração e um bom condicionamento físico, esse é meu grande segredo. Risos

Utiama.com – Na copa Ninja 250R light conseguiu conquistar o primeiro lugar, mesmo passando por uma cirurgia. Conte um pouco como foi essa superação?

Sabrina Paiuta – Rompi o ligamento cruzado anterior do joelho no meio da temporada de 2012 e tive que passar por uma cirurgia em Junho. Com isso, perdi muitas corridas de supermoto e não consegui obter pontuação suficiente nos campeonatos. Na motovelocidade era meu ano de estreia na modalidade e estava apenas com um ponto na frente da pontuação do campeonato. Por sorte tivemos alguns meses sem corridas e foi por isso que não perdi nenhuma delas. A partir do terceiro mês de cirurgia fui para a última etapa do campeonato em Santa Cruz do sul. Na competição sofri um pouco com a dor e fui teimosa com os médicos, estava a base de remédios para poder correr. Não era necessário ganhar a corrida, mas felizmente consegui chegar em 1º lugar e ser campeã da Copa Ninja 250 light 2012, foi uma grande conquista e aprendizado, isso me mostrou que eu posso ir além daquilo que acredito ser impossível.

Utiama.com– Que conselho você daria para as meninas que queiram seguir seus passos?

Sabrina Paiuta – Para as meninas que gostam de moto e pretendem seguir carreira, lembre-se que nada é impossível e que não há diferenças entre homem e mulher dentro das pistas. Somos delicadas e sensíveis, isso é muito bom  para ajustar a moto, para acerto dentro da pista. Portanto, capazes de chegar onde queremos chegar. Basta dedicação, paixão e muito foco.

Foto: Divulgação Sabrina Paiuta

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