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O passeio de moto de 13 amigos de Caxias do Sul, que inclui cidades do Chile, Uruguai e Argentina e que começou no dia 17, foi interrompido na madrugada desta quinta-feira. O grupo estava em Puerto Varas, no Chile, quando o vulcão Calbuco, situado a 1.000 quilômetros ao sul de Santiago, entrou novamente em erupção. A última atividade registrada do Calbuco tinha sido há 43 anos, e por isso a situação foi tratada com grande preocupação pelas autoridades chilenas. Mais de 4 mil pessoas já foram evacuadas das cidades de Ensenada, Alerce, Colonia Río Sur e Correntoso.
— Até o meio-dia desta quinta, estava tudo escuro, o céu estava apenas com uma grande nuvem cinza. Não chegamos a sentir medo, mas a tensão é grande. É só isso o que as televisões transmitem e estão dizendo para ninguém sair de casa para não inalar cinza. Evacuaram 20 quilômetros ao redor do vulcão. Está faltando água na cidade e os supermercados estão um caos — conta o caxiense Samuel Jardim.
A nova erupção ocorreu por volta da 1h, como informaram o Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) e o Observatório Vulcanológico dos Andes do Sul (OVDAS). Nesse horário, o grupo de caxienses estava no hotel, onde permaneceria até a tarde desta quinta.
— Não podemos sair com as motos porque a cinza vai passar pelo filtro e o pó de pedra pode afetar o motor. Ainda não sabemos o que fazer porque essa situação pode levar dois dias ou três semanas para passar — lamenta Jardim.
O Calbuco sempre foi considerado perigoso por especialistas. A fumaça ocasionada pela erupção podia ser vista a até 50 quilômetros de distância. A erupção também provocou tremores de terra na cidade de Puerto Montt, a maior da região.
