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Piloto prepara Kawasaki Ninja ZX-7 com turbo e nitro

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Texto: Marcelo Assumpção   fotos: Mario Villaescusa

O piloto da Copa Ninja 300 Carlos Rocha, mais conhecido como “Pássaro”, é um apaixonado por veículos turbinados. Entre carros e motos que já teve, seu último projeto foi desenvolver junto com a preparadora paulistana Haras Racing uma Ninja com turbo e nitro. “Escolhi a ZX-7 porque era meu sonho de juventude no começo da década de 1990”, explica.

O projeto envolveu muito trabalho artesanal e horas quebrando a cabeça para decidir como “compactar” tudo o que teria de ser instalado. Depois de escutar que a expectativa é terminar de acertar o motor para avançar sobre a casa dos 300 cv, uma pergunta foi inevitável: afinal, onde você pretende usar essa moto depois? “Quero participar de provas de arrancada e, quem sabe, com a pista certa quebrar alguns recordes de velocidade”, conta Pássaro.

Trocar pistões e bielas originais por componentes forjados foi obrigatório para aguentar o “tranco”, assim como as melhorias no sistema de lubrificação como nova bomba de óleo e galerias retrabalhadas. A alimentação por quatro carburadores foi substituída pela injeção eletrônica programável e o fluxo de combustível incrementado por comando e válvulas revistos.

A turbina foi produzida por encomenda, e o sistema de injeção de óxido nitroso tem dois reservatórios sob a rabeta completando a sobrealimentação. “Originalmente, a ZX-7 tinha ao redor de 120 cv. Queremos passar de 350 cv, mas ainda vamos terminar outras modificações antes de passá-la no dinamômetro para os ajustes finais”.

As engrenagens antigas deram lugar às de uma 1.000cc mais moderna, que além de serem mais resistentes “alongaram” especialmente a 6ª marcha para que a ZX-7 possa aproveitar o acréscimo de cavalaria. A instrumentação recebeu acréscimo de medidores para monitorar a atuação do motor sobrealimentado. Todos são analógicos para não destoar do painel original: controlador de sonda lambda (mistura ar/combustível na admissão), manômetros de óleo, turbo e combustível.

Um novo sistema de freios garante capacidade de frenagem condizente com o “foguete”. As pinças Brembo de quatro pistões com discos de 320 mm são um conjunto equivalente ao usado nas 1000 atuais. Os dutos de fluido são revestidos por malha de aço para evitar a dilatação e consequente perda de pressão sobre os pistões das pinças.

O par de pneus é slick com 120 mm de largura na dianteira e 190 mm na traseira. Para as provas de arrancada será instalada uma balança alongada e alargada que receberá um pneu americano de competição Hoosier, de banda reta. A suspensão dianteira teve os fluxos internos retrabalhados com modificações nas válvulas e molas para garantir mais estabilidade.

Fonte: Duas Rodas

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